Qual a hora certa de pedir demissão! É natural que as pessoas, quando não estão satisfeitas com o local no qual estão, comecem a buscar novas oportunidades. Isso, ao contrário do que os mais antigos podem lhe dizer, pode ser bastante positivo para o seu desenvolvimento pessoal e para o crescimento da sua capacidade profissional.
Em outros tempos, dizia-se que o ideal era “fazer carreira”. Uma pessoa, ao entrar em uma empresa, saía dela apenas na ocasião de um escândalo – o que certamente não era desejado -, demitido por alguma crise ou para se aposentar. O último caso, claro, era o único desejado.
Hoje, não há exatamente a mentalidade de permanecer na mesma empresa por muito tempo, visto que mudanças no trabalho ajudam no projeto de desenvolvimento de portfólio e, muitas vezes, dialogam com mudanças internas que precisam também ser ajustadas.
É claro que existem casos em que deixar a empresa não é uma boa ideia. Há companhias, e falaremos um pouco melhor disso nos próximos tópicos, que oferecem aos colaboradores excelentes planos de previdência empresarial. Nesse caso, deixar tudo para trás pode ser pouco sábio.
Você tem se perguntado se é a hora de mudar de empresa? Neste artigo, falaremos um pouco mais sobre o assunto, para que você tenha material para tomar a sua decisão. Confira!
Mudar de emprego: quando é a hora de pedir demissão?
A primeira pergunta que você precisa fazer é: por que eu desejo pedir demissão? Se você consegue listar um motivo forte para isso, tudo bem.
Se você está apenas incomodado com alguma coisa pontual, pode ser interessante que você leve essa questão para outra pessoa, como um mentor ou psicólogo, para que ele possa ajudar você a pensar nela sob outro ponto de vista.
Mesmo que você ainda decida pedir demissão por conta desse ponto específico, será algo melhor pensado – e, com a ajuda de terceiros, você terá a certeza de que não se trata de algo pequeno que, por alguma circunstância interna, você transformou em um problema irreparável.
Existe um outro caso: se você, ao se fazer a pergunta já citada, consegue literalmente citar uma lista de problemas… É porque, possivelmente, a situação realmente já passou dos limites suportáveis.
Se você se sente assim, existe a possibilidade de que mais pessoas se sintam dessa maneira. Vale, portanto, expor o seu incômodo para o RH, para que ele fique ciente do que está acontecendo e, então, investigue a queixa – que, reafirmamos, tem grande chance de ser compartilhada.
Após deixar clara a sua posição, você pode dar prosseguimento ao pedido de demissão ou aguardar mais algumas semanas, para verificar se há alguma mudança de caráter estrutural na economia ou se a equipe responsável pela comunicação têm buscado formas de alterar aquilo que gerou tanto mal-estar.
Claro que estamos, nesse caso, diante de uma situação particular. Em geral, para tomar a sua decisão, você pode avaliar:
Clima organizacional
Quando você chega ao local de trabalho, você se sente energizado ou como se as suas energias tivessem sido drenadas? Em geral, é fácil conversar com os seus superiores ou você se sente constantemente menosprezado? As suas ideias são levadas em consideração?
Essas são algumas das perguntas que podem ser feitas para avaliar o clima organizacional. Boas empresas prezam não apenas por relações de qualidade entre funcionários, mas por um RH que faça questão de manter a comunicação direta e respeitosa, além de minar problemas que podem gerar rusgas e mal-estar.
Comportamento dos líderes
Equipes com líderes fracos tendem a gerar menos rentabilidade para a companhia, especialmente porque não têm motivação ou não sabem ao certo para onde ir.
Bons líderes apontam o caminho, ao mesmo tempo em que garantem que ninguém se sente deixado para trás. Quanto mais fraca é a liderança, maior é a chance de que alguns talentos deixem a sala – para nunca mais voltar.
Salário
O salário é importante, visto que dialoga com a nossa capacidade de compra, com a qualidade de vida e, pasme, até com a nossa saúde mental.
O estresse financeiro dialoga não apenas com as dívidas, mas com a remuneração de um profissional pelo trabalho que ele executa. Se você acredita que trabalha muito e ganha pouco, pode tentar dialogar com os seus superiores e RH, desde que tenha provas do seu bom desempenho e possa negociar.
Benefícios corporativos
Por fim, os benefícios corporativos! Empresas que oferecem, além de um salário competitivo, vantagens como plano de saúde, plano de previdência privada, vale-academia, auxílios psicológicos e home office, pesam mais na hora de tomar uma decisão.
Se você tem acesso a todas essas vantagens e está em um local cujo clima organizacional é adequado, vale a pena pensar duas vezes. Não deixe, no entanto, de tomar uma decisão: você tem essa autonomia.